domingo, 7 de março de 2010

MONTE CASTELO

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamentoDescontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não quererMais que bem querer
É solitário andar
Por entre a genteÉ um não contentar-seDe contente
É cuidar que se ganhaEm se perder...
É um estar-se presoPor vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdadeTão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordadoE todos dormem, todos dormemTodos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

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